Ascensão, Apogeu e Ainda Não Tem Fim?
Aparte, descarte,
Em meu peito encerrado decepção,
Mais um rito,
A liturgia da ilusão.
A arte, desgaste,
Tudo se dá por coração,
Uma luz no caminho de só escuridão.
Vistes, olhastes?
É o tempo doloroso de dores,
Momento, medos e temores.
Ouvistes, sentistes?
São gritos, alaridos sem amores,
Sem par e sem cores.
E chorar, gritar,
Tal vez eu sim, em alta voz,
Ou sussurrar por tal algoz.
Alcançar pra voar,
Ser mais veloz,
E sonhar logo após.
Firmamento, isento,
Eu destoei do resto dos seres,
Mas são apenas comuns dizeres.
Como vento me apresento,
Como humanos todos aqueles,
Vez brisa, vez tempestade deles.
O terno e o eterno,
Um busca incessante,
Que se eternizem os alegres instantes.
Teu sol belo e sincero,
Tua luz do dia ofuscante,
Abro os olhos, sabedoria a minha frente.
Razão, furacão,
Eu no meio da tempestade,
E seu raio de sol distante de meus olhares.
Emoção, lógica de coração,
Interpretar os sinais e alardes,
Amar teus preceitos e suas eternas qualidades.
Assim sou eu, assim eu sou,
Estranho, não me entendem,
Chamam-me de louco, loucos não me compreendem.
E assim eu sou, assim sou eu.
As palavras duras já não me ofendem,
Pra que resistir?
Guerras por muito tempo não se estendem.
Por Deny Silva
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