quinta-feira, 5 de janeiro de 2012






Mar Vastidão 


Mar multidão e vento,
Solidão no peito,
Cordial melodia agora na noite,
Sozinho sem estrela brilhante,
Se foram todos os caminhos que tinha a percorrer,
Tão quieto e tão calmo que posso te ouvir bater,
Por que não paras e me livras deste?
Por que não te convences?
Frio de brisa no rosto que toca,
Não há quem te abrace para que te não perca,
Foi destino cruel eu sei,
Este é julgo da tua lei,
Imposta por quem?
O coração em tal reino é rei,
Majestade da dádiva de nada esperar,
Nobreza que dói guardar,
Agora calafrios e espasmos,
É um corpo sem razões e enfermo,
Sol vai brilhar amanhã,
Mas é incerta a certeza vã,
Que lhe resta é a pureza de um pulsar,
É o que move as palavras
Momento determinado de esperar,
Mas não houve paciência,
Acaba por ser tolo,
Podem te ridicularizar e te dizer bobo,
Mas não muda a essência,
Não vai mudar este eterno pilar,
Segure-me, pois estou preste a cair em prantos,
No chão já os admiráveis espantos,
Já não há mais cantos,
Mas há as minhas amigas que me acompanham,
Estas que rosto cortam,
Lágrimas como o mar,
Vento que trás frio que não passa,
Só aumenta a saudade do que queria sentir,
Queria amor para você rir,
Não vem mais tão cedo,
Então não faz mal se me perco,
Não importa o quanto de distancia me separará,
Não importa se teu verão um dia vai chegar,
Vem onda e tudo lava,
Vem! Varri para nada restar,
Não quero mais sentir a angustia,
Quero eternidade no falar,
Para sempre até o tempo deixar de existir e parar...

Por Deny Silva

2 comentários:

  1. maravilhoso!! só aumenta a saudade do que queria sentir ..uffa vc é de mais ..Doraty .beijos ...

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