segunda-feira, 26 de setembro de 2011


Tempo Que Fica Para Trás


E nessas horas?
Não há mar,
Não há céu,
Só no pensamento lembranças,
E esse amargo fel.

E nessas horas?
Não há mais tardes,
Não há mais beijos,
Só sonhos e vultosas miragens,
E o resquício de antigos desejos.

E nessas horas?
Não há mais abraços,
Não há mais sorrisos,
Só lagrimas que vem ao acaso,
E o que sobrou em vestígios.

E nessas horas?
Não há mais tempo,
Não há mais cores,
Só palavras ao vento,
E abomináveis e terríveis temores.

E nessas horas?
Não há mais alcance,
Não há mais ação,
Só o saudosismo marcante,
E mesmo sem está sozinho, solidão. 

E nessas horas?
Não mais minutos,
Não mais segundos,
Só as brumas de lutos,
E bem aqui, segredos capitais que escondo.

E são lagrimas comuns?
Não há mais dor alguma!
Não há razão neste universo mundo,
Só essa lembrança na alma,
E a esperança de que se resolva tudo.
Mistério no fim a ser revelado...



Por Deny Silva 


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