quinta-feira, 9 de junho de 2011




Antes fora o impiedoso e cruel tempo,
Mas nem todo tormento me faria deixar de amar,
Pois ainda guardo as lembranças no peito,
Suave como brisa da tarde que o rosto vem tocar.

Mais que a paixão que outrora havia,
Na morte dela nascia o eterno que não se pode apagar,
Uma flor que cresce no deserto sem vida,
Sua beleza no meio do estio e inóspito há de se admiradar.

Eu observo como muda o mundo,
Transforma tudo sem que se possa perceber ou notar,
Mas não o sentimento do coração puro,
O amor forte como a morte e certeiro como um flechar.

Ver um sorriso cativante e feliz,
Meu coração me diz: somente isso para vivaz me tornar,
Em meus sonhos o desejo do amor que sempre quis,
Mas onde foi o carinho para isso consumar?

Esta noite lagrimas de dor chorei,
Chorei amarguras do coração que quer cativar,
No perturbador sonho da noite passada pensei,
Mas as lagrimas não serviram para a dor passar.

Senti pavor e medo de perda,
Não quero o universo do amor deixar,
Pois vislumbrou-me um horizonte de esperança,
No sonho era só nisso que eu conseguia pensar.

Até pouco tempo eu duvidava,
Mas agora eu sei sem vacilar,
Puros sentimentos e emoções me dão de novo vida,
E por estes meus versos posso mais uma vez declamar.

Precisei sofrer, mas minh’alma entendeu,
Vem à agonia da saudade o coração esmagar,
E ai então, morte a tudo que for eu,
Para amor em meu coração finalmente reinar.

Por Deny Silva

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