terça-feira, 31 de maio de 2011

As minhas flores, onde estão?





(O Senhor te guiará continuamente, e te fartará até em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca falham.Isaías 58.11 )

Diariamente passamos pela vida de várias pessoas, mas existem aquelas que por alguma atitude, gesto ou mesmo nada se instalam em nossas vidas, essas são as flores de um vasto jardim, são os amigos, parentes, cônjuges, namorados etc. Dessa forma nosso jardim vai sendo plantado e durante toda nossa vida ramos crescem ou são podados; flores nascem ou são arrancadas, são fatos inerentes a vida.

Constantemente mergulhamos em emoções diferentes, são vidas que se encontram e se perdem; são laços que se unem e se rompem. Vivemos sempre os dois lados, mas como cuidar desse jardim tão variado, que exige um cuidado ímpar com cada plantinha? A resposta para essa pergunta embora tão simples, é difícil de ser vivida. É o amor, somente o amor colore de forma singela as paisagens em nosso coração. Lembre-se esse Amor vem de Deus e somente através dele podemos perdoar seguir em frente e aceitar o bem que achamos quando uma flor nasce e a dor quando uma é arrancada.

Seu jardim em especial é cuidado por Deus, Ele sabe que flores viverão bem dentro dele e quais ramos precisam ser podados e quais flores precisam ser arrancadas, por mais belas que sejam e por mais doloroso que possa ser. Confiar em Deus é isso, é deixar que Ele cuide do nosso Jardim Secreto.

Nathália Fonsêca

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Jesus não é uma máquina de venda automática

Pastor Polêmico




Líder da Igreja Betesda, o pastor Ricardo Gondim fala com exclusividade ao jornal "O Povo" sobre as controvérsias que se envolveu recentemente.

O pastor Ricardo Gondim tem o dom da oratória., E da polêmica. Na semana que passou, o presidente nacional da igreja Betesda, cearense radicado em São Paulo há 20 anos, deixou de ser colunista da revista evangélica Ultimato por defender o reconhecimento legal de uniãões homoafetivas.

Antes de publicizar sua opinião sobre a necessidade da igreja não se intrometer no funcionamento do Estado laico, o pastor Gondim já havia causado estranhamento em alguns setores evangélicos ao questionar o modo como eles entendiam a soberania Divina. E em seu site (www.ricardogondim.com.br) publicou um artigo revelando o temor que um dia os evangélicos tomem o poder no Brasil (leia trechos nesta página).

Nesta entrevista exclusiva ao O POVO, concedida por telefone na última sexta-feira, o pastor justifica seus posicionamentos, reafirma suas posturas e declara: “O Brasil não se tornará melhor com o crescimento do Movimento Evangélico.”

OPOVO - O senhor causou polêmica ao defender publicamente a regulamentação de uniões homoafetivas no Brasil. O senhor mantém esse pensamento?
Ricardo Gondim - Não é uma questão de pensamento. É uma questão de lógica e eu repito o que disse. Em um estado laico, a lei não pode marginalizar ou distinguir homens ou mulheres que se declarem homoafetivos. Há de se entender que num estado laico não podemos confundir teologia, convicções pessoais, com o ordenamento de leis de um país. Não podemos impor preceitos religiosos para toda a sociedade civil. Se os preceitos são meus, você tem o direito de não adotá-los. Foi assim que me posicionei sobre essa questão do STF, que, a meu ver, agiu corretamente garantindo o direito de um segmento de nossa sociedade.

OP - Além do posicionamento a favor da regulamentação de uniões homoafetivas, há outros pontos polêmicos em declarações recentes suas. Uma das críticas que setores evangélicos fazem ao senhor diz respeito à sua opinião sobre a soberania Divina. Eles dizem que o senhor passou a pregar que Deus não é soberano.

Ricardo - O que acontece é que eu descarto a teologia que se difundiu sobre a soberania de Deus. Por essa teologia, Deus tem o controle absoluto de todas as coisas. E as pessoas não estão dispostas a entender que o corolário desse pensamento, o que dele decorre, é que até o orgasmo, o gozo do pedófilo, ou os horrores de Auschwitz (um dos mais conhecidos campos de concentração nazista) estão na conta de Deus, sob a alegativa de que Ele é soberano. Se as pessoas estão dispostas a entender assim, esse Deus é um monstro, não um Deus de amor. A minha leitura da Bíblia é a partir de Jesus Cristo, que é um Deus de amor, e não um Deus títere, que é responsável por chacinas, atrocidades, limpezas étnicas. A história segue não porque Deus a controla, a história segue porque somos personagens livres e nos comportamos com desobediência à vontade de Deus. É por isso que existem a miséria, os crimes, a exclusão, porque Sua vontade é contrariada. As pessoas não estão dispostas a lidar com esses conceitos, preferem se amparar na Soberania, que nos rouba a nossa responsabilidade na história.


OP - Recentemente, o senhor publicou no seu site o artigo Deus nos livre de um Brasil evangélico (leia trechos ao lado), onde demonstra o seu temor que o segmento chamado Movimento Evangélico chegue ao poder no Brasil e aponta uma série de razões para isso. Como esse artigo foi recebido?

Ricardo - Foi muito mal recebido. Porque há, sim, um segmento no Brasil, que se auto-denomina Movimento Evangélico, que difunde a ideia de que se os evangélicos se multiplicarem no País, se houver um número suficiente para dominar a política, as leis, se chegarem ao poder, o Brasil será um País melhor. Isso é um ledo engano. O Brasil não se tornará melhor com o crescimento do Movimento Evangélico. Porque esse crescimento não significa por si só o crescimento dos valores do Reino de Deus, que são a justiça, a inclusão que dos que estão à margem, o amor. Esses valores não são prioridade para o Movimento Evangélico. Até porque, o número crescente de evangélicos também estará absorvendo outros valores como a cobiça, a injustiça social, o desejo de crescimento financeiro e de poder. Esta última tentativa de interferência no ordenamento do STF é um exemplo desse projeto de poder.

OP - O senhor se refere à votação da regulamentação das uniões homoafetivas?

Ricardo - Sim. Eles ficaram numa campanha interna, enviando mensagens pressionando os ministros para que votassem contrários à união homoafetiva. E ficavam conclamando seus fieis para fazer o mesmo. Isso em um estado laico é um absurdo. A mesma coisa está acontecendo agora no Congresso Nacional.


OP - O senhor fala da atuação da bancada evangélica na suspensão, por parte do Governo Federal, da distribuição do kit anti-homofobia nas escolas?

Ricardo - Exatamente. Falo de uma das maiores aberrações éticas que já surgiu neste País nos últimos tempos. Em nome de blindar um ministro que está suspeito de enriquecimento ilícito, que está tendo que explicar o aumento meteórico de seu patrimônio, negociou-se a questão do kit anti-homofobia. Isso mostra do que esta bancada, que se diz evangélica, que diz representar os evangélicos, está disposta a negociar. Em nome desse projeto de poder que eu falei anteriormente, negociou-se um projeto de grande valor para esse País. Isso é lamentável, completamente lamentável.

OP - O senhor encontra ressonância para esse tipo de discurso na comunidade evangélica ou sua fala – assim como o pensamento por ela representado – é dissonante?

Ricardo - Não é dissonante, de maneira nenhuma. Existe um grande grupo que concorda com esse pensamento e que caminha nessa linha. Embora eu esteja em baixo de grande percepção por conta de grupos intolerantes e fundamentalistas, tenho me surpreendido com o número de evangélicos que me dizem para continuar.

OP - O senhor se arrepende de ter se manifestado publicamente sobre essas questões?

Ricardo - Não. Absolutamente. Eu continuo repetindo o que disse. As minhas convicções não são intempestivas, são frutos de amadurecimento teológico. O estado é laico, e é importante que se mantenha assim. Num estado laico todos os grupos são protegidos, até os religiosos.





Onde as Ruas Não Têm Nome

( where the streets have no name )

Onde as ruas não têm nome,
Vou onde o valoroso legado se esconde,
Mas onde Vais oh alma nesses seus preceitos distante?


Onde as ruas não têm nome,
Perco-me nesse pôr do sol ao longe,
O que me faz viver o amor defronte?

Onde as ruas não têm nome,
Respiro o ar e admirando o horizonte,
É tão simples viver, por que essa emoção do coração some?

Onde as ruas não têm nome,
Dentro de mim um país que é forte,
Inabalável espírito da verdadeira coragem.

Onde as ruas não têm nome,
Doce aroma da flor que anseios responde,
A sensação do sublime sentimento ainda disforme.

Onde as ruas não têm nome,
Como pássaro que voa o vento e o costume,
Agora sabedoria com meu ser é flertante.

Onde as ruas não têm nome,
Sol do meio dia, a luz e seu brilho resplandecente,
Nos dias maus mudando o triste semblante.

Onde as ruas não têm nome,
Lágrima enxugada por nova alegria viva e vibrante,
É um momento ímpar para o espírito e vivificante.

Onde as ruas não têm nome,
O passado soprado veementemente,
E os velhos erros não mais cometidos novamente.

Onde as ruas não têm nome,
Os barulhos do mudo mundo estagnado perplexamente,
Mas sigo em frente, pois as barreiras meu coração vence na semeadura das sementes.


Por Denielton Silva 



domingo, 29 de maio de 2011

VER A CRISTO


(Lucas 19: 1-11)

Vivemos em um mundo que evolui cada vez mais, seja na tecnologia, seja na ciência, seja na economia ou em outras áreas, porém, quando falamos no quesito Deus, Senhor de nossa vida, percebemos que todos esses avanços não têm sido motivos para crer n’Ele, muito menos para glorificá-lo. Então, podemos perguntar: algo tem nos impedido de nos aproximarmos de Deus e reconhecê-lo como nosso único Salvador e Senhor de nossa vida? Ou tudo já é suficientemente o bastante para não precisar mais de nada, principalmente de Deus?

Há muito tempo atrás, existiu um homem que era muito rico, cobrador de impostos, que extorquia o dinheiro do povo e que não era nem um pouco temente a Deus ou que achasse que precisava d’Ele. Seu nome era Zaqueu. Igual a ele tinham muitos naquela época e, hoje, podemos encontrar pessoas assim, que vivem à disposição de seus próprios prazeres, ricas, que não “precisam” de Deus e que vivem a enganar e a roubar os menos favorecidos ou àqueles que, simplesmente, cruzarem seus caminhos e não despertarem nenhum interesse a eles.

Todavia, todos nós precisamos de algo a mais para nos preencher, para fazer nossa vida ter sentido, um sentido real que faça-nos ter uma razão de viver. Tal razão só encontramos em Cristo Jesus, pois ele nos leva ao Pai, aquele que criou os céus e a terra e que supre todas as nossas necessidades, o nosso vazio espiritual.

Zaqueu ouviu falar de Jesus e sentiu vontade de conhecê-lo. Mas havia algo que o impedia: a multidão. O que tem nos impedido de nos aproximarmos de Deus. Será nosso dinheiro, emprego, família, namorado (a), cônjuge, estudos ou apenas o nosso orgulho, egoísmo, auto-suficiência ou medo de renunciarmos nosso eu e passarmos a depender inteiramente de Alguém que não vemos ou que está tão distante de nós?

Não deve ter sido tão fácil para Zaqueu, já que era um cobrador de impostos ilegal, rico e pecador. Mas ele sentiu a necessidade de conhecer aquele de quem tanto ouvia falar, que fazia milagres e maravilhas no meio do povo e não seria a multidão que o impediria de vê-lo.

Ele, ainda pecador, dispôs-se a ver o Mestre e tudo aquilo que o impedia seria vencido. E foi. Adiantou-se na multidão, subiu em uma árvore e pode contemplar o filho de Deus. E daí em diante, tudo em sua vida mudou. Jesus o viu (Ele sempre nos vê), pediu para ele descer (Ele nos chama), aproximou-se dele (Ele quer intimidade conosco) e ainda disse que estaria na sua casa (o Espírito Santo de Deus quer habitar em nós). Naquele dia ouve salvação em toda a casa de Zaqueu e ele foi transformado, a tal ponto de restituir quatro vezes mais tudo aquilo que havia roubado.

É assim que Deus faz em nós. Nos transforma com seu poder abençoador, pois Ele nos ama e veio buscar e salvar o que se havia perdido. Que não seja a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura que nos separe do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Romanos 8:38-39) e que façamos como Zaqueu: nada mais importará, pois o mais importante será enfrentar a multidão para vermos Jesus; estarmos com ele e que a sua luz seja refletida em toda nossa casa, na certeza de que ele suprirá todas as nossas necessidades e que bênçãos sem medidas serão derramadas em nós.

Que nada nos tire do alvo, que é Jesus Cristo, e que busquemos, primeiramente, o reino de Deus, na certeza de que todas as coisas nos serão acrescentadas. Que Deus em Cristo nos abençoe. Amém.

Arlene França

sexta-feira, 27 de maio de 2011




A razão consciente,
Esta se faz perante mim ausente,
É o que resta de uma mente dormente.


Salvo conduto,
Alma livre por um minuto,
Em madrugada sob céu escuro.

Volto ao mesmo ponto,
Dos meus paradigmas confronto,
E com meu estado de espírito o terrível encontro.

Crer em um “eu” melhor,
Tirar a face do pó,
Tirar tempo e desembaraçar o nós.

O febril raciocinar em mente,
Desprovida de sentidos, duvida intermitente,
É quando coração me engana, este insolente.

São nestas noites escuras
Que me vêem inspirações em palavras nulas,
Mas ainda este ser às declama e às insinua.

Longe vagante pensar,
De um mundo que aprendi e imaginar,
A utopia de alma que teima em sonhar.

Trazei-me de volta à lembrança,
As virtudes e simples desejos de criança,
Apagar as dores desta falta de esperança.

Rogo por ti alma minha,
Não sabes o que ti esperas nos decisivos dias,
Que tenhas forças, com o incerto lidas.

Um fim que não pré-vejo,
Mas esperanças me dão ensejos,
Minha alegria refém dos meus desejos.


E a vida é engraçada,
Alegrias e espadas,
Fugidia os dias da jornada.

O luto e a alvorada,
A esperança no peito guardada,
Contagia, mas ainda não diz nada.

Paz alicerçada,
Não se esconde o grito da alma,
Ouvem-se da’lém dos montes as palavras.

Uma onda que devasta,
A cidade sitiada,
E no pensamento lembranças vagas.

Tristeza calada,
E com ninguém partilhada,
Somente a quem me entende nesta madrugada.

Mas a vida é mesmo engraçada,
Por isso agradeço pela vida a mim dada,
E por um coração que não desiste e não para.

Continuo na caminhada,
Caminho estreito esta estrada,
Não sei realmente como ainda me recupero das enumeras ciladas.





Por Denielton Silva 



ABGLT acusa evangélicos




A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transexuais (ABGLT) acusa a bancada religiosa de deturpar materiais, mostrando-os como parte do kit vetado por Dilma Rousseff.
Entidades vinculadas à produção do kit anti-homofobia sustentam que os vídeos entregues à presidente Dilma Rousseff não são de autoria do grupo de trabalho designado pelo Ministério da Educação para desenvolver o projeto. A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transexuais (ABGLT) acusa a bancada religiosa de deturpar materiais, mostrando-os como parte do kit.
O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica, nega que Dilma teve acesso aos vídeos por meio de sua bancada, e diz desconhecer quem os encaminhou à presidente. No entanto, garante, convicto, ser verdadeiro o material que chegou às mãos dela:
- É verdadeiro. Os vídeos foram, inclusive, pagos pelo Ministério da Educação. Nós temos um ofício do ministro respondendo ter contratado para isso.
Ele reitera:
- Não fomos nós que entregamos os vídeos que ela assistiu. Deve ter sido o próprio MEC que entregou a pedido dela.
Segundo o presidente da ABGLT, Toni Reis, Dilma teve acesso a uma animação feita a partir de apresentação em Power Point, realizada durante audiência pública para "avaliação dos programas federais de respeito à diversidade sexual nas escolas", ocorrida no Ministério Público Federal (MPF).
De acordo com informações do site da instituição, a exibição do conteúdo foi feita pelo presidente do Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (FENASP), Wilton Acosta.
- Há um (arquivo de) Power Point que os evangélicos montaram para apresentar no Ministério Público durante a audiência. Não tem alhos nem bugalhos. Pegaram parte de um material dirigido a usuários de drogas, a prostitutas, à prevenção da Aids. Transformaram em vídeo e levaram para a Dilma. Não tem nada a ver com o kit Escola Sem Homofobia. A presidente está comprando gato por lebre - diz.
Em seguida, ele indaga:
- Já pensou ensinar para adolescentes coisas como: "não use drogas sozinho"? Foi esse material mostrado à Dilma. O original não mostra cena de sexo, não fala em Aids. Fala sobre cidadania. Eu idealizei. Queremos fazer uma coisa decente.
Garotinho confirma que a apresentação em Power Point levada ao MPF fora preparada por representantes evangélicos. Conforme o deputado, o material mostrado durante a audiência foi produzido a partir de uma espécie de cartilha elaborada por uma "entidade que lidera o movimento LGBT". O parlamentar diz acreditar que isso seria entregue em instituições de ensino e, por esta razão levaram ao MP.
- Provavelmente pretendem distribuir isso nas escolas. Procuramos o Ministério para informar que isso estava sendo produzido.