terça-feira, 12 de julho de 2011








Por todos os lados cercado,
Este peito angustiado por prisões,
Decisões tiram-me do coração o condado.


Morro asfixiado por tal fardo,
É pesado e na vida me causa dilacerações,
Opressões de alma com o medo flertado.

Despojo jogado, coração abalado,
Calado sem declamar os antigos jargões,
Sem visões nos dias ensolarados.

Enfurnado em universo limitado,
Parado sem saber o lado e as direções,
Sem as convicções neste mundo fechado.


Penso, desejo na mente fixado,
Um não realizado por falta das ocasiões,
Lições de viver e lidar com os momentos inesperados.


D’alma cansada o esforço ardo,
Guardado o premio como preciosos zircões,
As razões de um viver como se fosse deserto árido.


Um grande passo dado e pensado,
Planejado antes dos frustrantes quinhões,
Perfusões lentas do futuro sem o mesmo ser notado.


Zelados tais dias sempre lembrados,
Marcados pelos elos de estranhas ligações,
Soluções das noites de olhar triste mesmo com céu estrelado.


Olho o passado que de mim é apartado,
Afastado das boas lembranças e de suas menções,
Exclusões de parte do que por este ser foi vivenciado.


Visitado por sentimentos não esperados,
Acuado fico quando só vivo deles as meações,
Divisões e distâncias que fazem doer o coração que ainda não é completo,
Falta a parte importante, o aguardo sentido eterno escondido nas palavras das singelas canções.

Por Deny Silva

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