segunda-feira, 29 de agosto de 2011




Antes era o desejar com forte força,
Mas agora depois desta luz fosca,
Vida antiga se foi em parte,
O que fez nascer em mim à arte,
E naqueles erros, não quis mais pensar.

Porem o amor ainda me fascina,
E ainda lhe tenho estima,
Pois ouço sua doce voz, que me faz sonhar,
Uma voz que vem a mim e instiga-me a criar.

Quando quero, espero e me desespero.
Esse amor que me marca com marca de ferro,
E completa os espaços do meu lado,
Ele desfaz da mente o instante de dor, desamparo.

Algo resta, por tudo que ficou,
E eu lembro, lembro bem por que o amor falou.
Lembro daquilo que vi, vi sorrisos,
Mesmo quando não tinha mais alívios.


Onde vai parar este nefasto ser?
Nestes dias tudo é o ego viver.
Aonde vai, por onde sair?
Quero o amor transbordante em mim fluir.

Se for isso, isso o que dizer?
Momento esse em mim agora fez morrer,
E somente o que resta é sincera escrita,
Para ir embora aquela alma aflita.

Um sentindo sentir, mas sentir o quê?
Um presente de gente que o olho vê?
Quero o invisível, não o que se apresenta.
Por que é nisso, nisso que minh’alma acredita.

Sofro chaga, não uma de morte,
Mas vejo que tudo isso me faz forte.
Todo sofrimento aqui não é eterno,
Pois um novo sol nasce, e esse sol é cálido e terno.

Eu que tentei salvar aquele sentimento,
Encontrei no fim um lamento.
Quebrado no chão, eu no chão desolado,
Mas ainda vivo, mesmo que seja exilado.


Esse fim visto, explicito, tal vez plausível.
Não imaginava eu que seria assim possível.
Um caminho novo tenho a frente,
No fundo quero o coração ardente,
Paz celeste, ter ilusão de não mais chorar,
Coração! Um conselho: segue em frente!


Por Deny Silva

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