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A Muito, Muito Tempo Atrás... Assim Canta A Alma O Canto Saudoso

Agora sim entendo o canto do saudosista,
Gritar saudades e lembranças,
Recordar como é bom ser criança,
No coração o passado, no presente distância.

O mundo se desfaz ante a meus olhos,
Convicções ao vento, o desgosto desses despojos,
E o amor onde fica nestes tempos nebulosos?
Vejam! Apostasias crescendo como monstros!

Minha alma chora em segredo,
Chora estes absurdos terrenos,
Chora lagrimas de tristezas e erros,
Desfalece por fazer parte desses infelizes enredos.

Amanheceres incertos de sol,
Amanhãs e seu carrasco algoz,
A ruína vem anunciar o fim e o pó,
Então verão no inverno o quanto eram cegos e me sentirei outra vez só.

“Sejam perfeitos” é o mandamento,
Mas estão mudando a sua conveniência o verbo,
Eu a busco, mas sou tomado por ridículo,
Paranóico talvez, mas não mudarei o sentido.


Ânsia de náuseas por esse ego nefasto meu,
Que morra antes que atinja o seu apogeu,
Caia em sua soberba gigante filisteu,
Uma pedra, uma funda, essa fé e coração sincero te derrubarão em nome do poderoso Deus.

Cansado de ver o mundo e suas vaidades,
Revoltante não viverem o amor e a simplicidade,
Correm apressados para a ruína de suas cidades,
Bem longe estão da tua pura e libertadora verdade.

A rocha me firma e me segura quando fraquejo,
Entende meus sonhos e meus mais puros desejos,
Conforta-me nas lagrimas e na tristeza e seus cortejos,
Terna mão que me afaga nas madrugadas de desesperos.

Alma sente bater no coração quase os términos ,
Não queria ter que chegar a dizer o ressoar destes sinos,
O passado passou e eu pergunto, o que será que ficou comigo?
Sabe lá, mas canto a saudade da primavera que não chega... 
...é só frio!

Mas quando o verão verdadeiro vier,

E de virtudes saudosas o vazio verter,

Verbo vivido em mim vai renascer,

Verei de verdade o valor do valioso amor incondicional as tristezas vencer...

Por Deny Silva